A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de negar a devolução do passaporte ao ex-presidente Jair Bolsonaro gerou repercussão internacional, com foco em uma possível crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Bolsonaro, que havia solicitado o documento para comparecer à posse de Donald Trump em janeiro de 2025, viu seu pedido ser recusado sob a alegação de risco de fuga, o que gerou críticas dentro e fora do país.
Aliados de Trump nos Estados Unidos não tardaram em expressar insatisfação com a decisão, considerando-a uma afronta ao líder republicano. Rumores apontam que a equipe de Trump estaria avaliando medidas de retaliação contra o Brasil, incluindo a imposição de sanções econômicas ou a revisão de acordos comerciais. Apesar de ainda não haver anúncios oficiais, fontes próximas ao ex-presidente norte-americano indicam que qualquer restrição que impeça Bolsonaro de participar da posse será vista como hostil.
Nos bastidores, a tensão pode escalar para questões envolvendo parcerias bilaterais, especialmente em setores estratégicos como agronegócio e comércio de tecnologia. Trump já demonstrou publicamente sua admiração por Bolsonaro, reforçando os laços entre as duas lideranças e sinalizando apoio às pautas conservadoras do ex-presidente brasileiro.
A decisão de Moraes é vista por setores conservadores dos EUA como um exemplo de judicialização excessiva, interpretada como uma tentativa de restringir Bolsonaro internacionalmente. Analistas alertam que esse episódio pode abrir um novo capítulo de tensões nas relações entre Brasil e Estados Unidos, particularmente se o governo brasileiro não tomar medidas para resolver o impasse.
Embora o governo Lula ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre o caso, a crescente pressão internacional, combinada com possíveis reações de Trump, pode colocar o Brasil em uma posição delicada no cenário global. Se sanções forem de fato implementadas, elas poderão ter impacto direto na economia e na diplomacia brasileira.
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